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Gerenciamento de riscos: o que é e qual sua importância

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Gerenciamento de riscos: o que é e qual sua importância

Leitura aprox. de 13 minutos

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Gabriel Rodrigues


Agosto 05, 2024


Leitura aprox. de 13 minutos

Aqui você encontra:

Se existe algo a que toda empresa está sujeita, são os riscos que podem surgir. Não existe uma metodologia única para evitar, mas existem técnicas de gerenciamento de riscos que ajudam a prevenir e mitigar os perigos, muitas vezes oculto. 

Você deve conhecer algum caso em uma empresa teve suas operações paralisadas, seja por um incêndio, desastre natural, ou outros motivos.

Esse tipo de evento, embora inesperado, pode ser minimizado com um bom planejamento de gerenciamento de riscos. 

Neste artigo, vamos explorar o que é o gestão de riscos, suas etapas, e qual sua importância para o seu negócio.

O que é gerenciamento de riscos?

Gerenciamento de riscos é o processo de identificar, planejar, organizar e monitorar os possíveis problemas que podem impactar uma empresa, operação, atividade ou evento.

O objetivo é minimizar os impactos negativos e garantir a continuidade dos negócios, traçando estratégias para identificar e evitar esses riscos.

Todos os riscos são iguais?

Segundo o Manual de Gerenciamento de Riscos do Conselho da Justiça Federal, a gestão de riscos deve ser abordada de forma "sistemática, estruturada e oportuna, possibilitando o aumento da eficiência, de resultados consistentes, comparáveis e confiáveis."

Para entender quais riscos podem impactar negativamente a sua empresa, é preciso diferenciá-los: os que podem ser prevenidos, os estratégicos e os fatores externos. 

  1. Riscos internos:  são aqueles que podem ser “controlados” pelos líderes e administração da empresa, sendo aqueles caracterizados pelo não cumprimento ou desrespeito a determinadas informações.

    Exemplo: perda de estoque, fraudes, ações trabalhistas. 


  2. Riscos externos: aqueles que não podem ser controlados e abrangem questões político-sociais, desastres naturais, etc.

  3. Riscos estratégicos: os que a empresa conhece e assume. De certa forma, são riscos que podem ser controlados ou avaliados.

  4. Riscos que podem ser previstos: são os riscos próprios ao dia a dia e aos processos realizados pela empresa. De maneira estratégica, podem ser identificados e eliminados para o bom funcionamento e para que não aconteçam ruídos ou danos de valor à companhia.

Entenda mais para que serve o gerenciamento de riscos com o vídeo abaixo, divulgado pelo Tribunal de Contas da União (TCU).

 

Diferença entre gerenciamento de riscos e o Programa de Gerenciamento de Riscos (PGR)

Ambos são essenciais, mas possuem enfoques diferentes.

O Programa de Gerenciamento de Riscos (PGR) é um conjunto de ações obrigatórias de segurança trabalhista que visam identificar, avaliar e controlar os riscos nos ambientes de trabalho, conforme exigido pelas normas regulamentadoras.

Já o gerenciamento de riscos abrange uma ampla gama de atividades de planejamento e monitoramento.

Ou seja, enquanto o PGR é um conjunto de ações obrigatórias de segurança trabalhista, focado em prevenir acidentes e doenças ocupacionais, o gerenciamento de riscos é mais complexo, envolvendo diversas ações preventivas a fim de evitar ou minimizar consequências negativas. 

Benefícios do gerenciamento de riscos

Os principais benefícios da gestão de riscos incluem: 

  • Alinhar riscos e estratégias: identificar riscos ajuda a criar estratégias preventivas, tornando processos internos e externos mais claros e econômicos.
  • Redução de prejuízos:  ao minimizar impactos negativos, você controla perdas significativas, além de evitar prejuízos inesperados.
  • Otimização de capital: ações preventivas são mais baratas que corretivas, permitindo uma avaliação eficaz das necessidades de capital.
  • Melhoria na tomada de decisões: dados precisos sobre riscos ajudam na definição de estratégias mais seguras e eficazes.
  • Atração de investimentos: Investidores preferem empresas que gerenciam seus riscos de forma proativa.
  • Proteção da reputação: empresas que lidam bem com crises mantêm sua imagem positiva no mercado, perpetuando por muito mais tempo no cenário econômico.


Leia também:
Como utilizar dados para a tomada de decisão

Respostas mais comuns aos riscos

Existem quatro principais estratégias de resposta aos riscos:

  • Evitar: alterar os planos para eliminar o risco.
  • Transferir: passar a responsabilidade do risco para terceiros, como seguros.
  • Mitigar: reduzir a probabilidade ou impacto do risco.
  • Aceitar: reconhecer o risco e se preparar para lidar com suas consequências. Essa estratégia geralmente é usada quando os custos de mitigação são altos.

Quando o gerenciamento de riscos deve ser aplicado?

Como saber se a sua empresa precisa gerenciar os riscos? A resposta é simples: todas as empresas devem monitorar os riscos inerentes ao seu negócio e elaborar um plano de contingência para evitar ou minimizar o aparecimento deles.

Essa etapa deve estar presente em todas as empresas que possuem objetivos de curto, médio ou longo prazo, e não existe um momento específico para começar a implementar um planejamento de gestão de riscos. Inclusive, essa etapa deve ser iniciada logo na fundação da empresa.

Cada empresa terá uma estratégia de gestão de riscos única, mas existem alguns parâmetros que devem ser seguidos por todas, garantindo o alcance dos objetivos institucionais nos níveis estratégico, tático e operacional:

gestão-de-riscos
Como fazer o gerenciamento de riscos: passo a passo

Para elaborar uma gestão de riscos eficiente é necessário que ela esteja atrelada à visão, valores e metas do seu negócio. É imprescindível que todas as partes envolvidas da sua empresa estejam igualmente alinhadas com essas questões, para que o processo ocorra de forma correta e fluida.

Veja a seguir as etapas a serem seguidas: 

1. Faça o planejamento do gerenciamento de riscos

Ao realizar o planejamento do gerenciamento de riscos, a empresa obtém uma visão clara e objetiva de como as ações serão realizadas, monitoradas e controladas.

Essa etapa é essencial para garantir que todas as partes envolvidas estejam alinhadas com os objetivos da organização, proporcionando maior segurança e confiança aos gestores.

O planejamento detalhado permite definir as medidas mais adequadas para lidar com as possíveis ameaças e oportunidades, otimizando os resultados do negócio.

2. Estabeleça os objetivos da empresa

Cada empresa possui características únicas e, por isso, é fundamental analisar seus objetivos e planejamento para identificar os riscos específicos que podem afetá-la.

Esses riscos podem ser internos, como problemas com colaboradores, processos ou tecnologia, ou externos, como ações da concorrência, desastres naturais ou instabilidades econômicas.

Ao compreender esses riscos, a empresa pode tomar medidas preventivas e garantir sua sustentabilidade a longo prazo.

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3. Identifique todos os riscos possíveis

A identificação de riscos consiste em elaborar uma lista completa de todos os possíveis eventos que podem comprometer o sucesso de um projeto ou atividade.

Essa etapa é fundamental para entender as ameaças e oportunidades presentes no ambiente e permite a criação de estratégias para mitigá-las.

Ferramentas como a análise SWOT podem ser utilizadas para auxiliar nesse processo, proporcionando uma visão mais ampla dos fatores internos e externos que podem influenciar o resultado final.

4. Analise os riscos

Após identificar os possíveis riscos, é fundamental avaliá-los, considerando sua probabilidade de ocorrência e o impacto que poderiam causar no negócio.

Responde às seguintes perguntas:
  • Qual a chance disso acontecer?
  • Quais as consequências?

Com as respostas, é possível criar um mapa de avaliação de riscos que permita priorizar aqueles que representam as maiores ameaças à empresa.

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5. Planejamento efetivo

Para um planejamento de gerenciamento de riscos ser efetivo, é crucial analisar eventos passados que geraram prejuízos e identificar as causas desses problemas.

Ao integrar essa análise ao planejamento estratégico da empresa, é possível identificar as forças e fraquezas do negócio e implementar medidas preventivas para minimizar o impacto de futuros riscos. Dessa forma, o gerenciamento de riscos se torna um aliado estratégico para a sustentabilidade e o crescimento da organização.

Não se esqueça! O gerenciamento de riscos deve andar lado a lado com o planejamento estratégico. Portanto, conheça as forças e fraquezas do seu negócio e avalie como cada uma delas pode contribuir para extinguir ou atenuar os danos.

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6. Monitoramento e controle contínuo

O gerenciamento de riscos é um processo que exige monitoramento constante das possíveis ocorrências, tanto as atuais quanto as passadas.

Essa vigilância é fundamental para identificar novas ameaças, avaliar a eficácia das medidas preventivas implementadas e garantir que todos os riscos estejam sob controle, evitando assim que problemas semelhantes se repitam.

 

Principais ferramentas para o gerenciamento de riscos

Existem algumas ferramentas básicas que auxiliam a realização do gerenciamento de riscos nas empresa. Separamos algumas delas a seguir: 

Checklist

O Checklist é uma ferramenta simples e eficaz para verificar e realizar atividades específicas. No gerenciamento de riscos, pode ser utilizado para:

  • Conferir a manutenção de máquinas
  • Planejar tarefas de análise e gerenciamento de risco
  • Controlar o número de erros
  • Controlar limites impostos em processos para mitigação de risco

Conhecida como "folha de verificação", ajuda a garantir que todas as etapas do processo sejam realizadas corretamente. Pode ser usada para conferir a manutenção de máquinas, planejar tarefas e controlar erros.

2 What if (E se…) 

Esta técnica consiste em levantar situações hipotéticas com a pergunta “E se…?”, aplicando a frase como pergunta a possíveis situações relacionadas a sua empresa..

Por exemplo:

  • E se a vazão for superior ao permitido?
  • E se o tanque transbordar?
  • E se a máquina esquentar acima do previsto?

Para realizar essa técnica é necessário reunir uma equipe que conheça sua empresa e ter em mãos documentos que facilitem a compreensão do seu ambiente organizacional. 

Nessa reunião, serão levantadas várias situações hipotéticas usando o “e se…?”. Suas respostas deverão mostrar causas e consequências daquela situação, além da solução para cada uma delas. 

Ao final da reunião, elabore um relatório, com o objetivo de documentar todos os riscos apontados e quais foram as recomendações para cada um deles. Isso torna o processo mais claro e seguro. 

Os 5 porquês

A técnica dos 5 porquês é uma ferramenta excelente para diagnosticar a causa raiz de problemas, complementando o uso de checklists no gerenciamento de riscos.

Ao perguntar repetidamente "por quê?", a equipe é conduzida a uma análise aprofundada, desvendando as origens de uma adversidade e permitindo a identificação de soluções eficazes.

Essa abordagem colaborativa e investigativa, ao invés de se limitar a uma lista de verificações, possibilita uma compreensão mais completa dos desafios e a implementação de medidas preventivas mais robustas.

Hora de colocar em prática

Esperamos que depois deste artigo você tenha entendido o que é o gerenciamento de riscos e como implementá-lo na sua empresa. Estabelecer medidas preventivas ajudará seu negócio a crescer de forma saudável e produtiva.

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Gabriel Rodrigues

CEO da Auvo Tecnologia. Já ajudou mais de 4 mil empresas de serviços e assistência técnica com o Auvo.

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