Com um mercado altamente competitivo e que prioriza a máxima qualidade com o menor custo possível, investir em inovação é imprescindível. Quando o assunto é tecnologia, investir em novas ferramentas pode ser a solução para quem busca estar à frente.
Para garantir uma alta produtividade, as manutenções devem ser planejadas antes de serem executadas. É necessário pensar em qual o melhor tipo de manutenção para o seu negócio: preditiva, corretiva ou preventiva?
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Pode parecer complicado estabelecer uma rotina de manutenção que vise reduzir custos e garantir a produtividade, mas saiba que existe uma metodologia estruturada que auxilia a estabelecer qual a melhor opção para cada tipo de equipamento, garantindo a confiabilidade, a redução de custos e a segurança. Essa é a: Manutenção Centrada na Confiabilidade ou RCM (Reliability Centred Maintenance).
Confira nosso índice para facilitar sua leitura
Este método foi implementado no Setor de Aviação Civil, em meados de 1970. Trata-se de um método estruturado para ajudar a estabelecer qual a melhor estratégia de manutenção a ser escolhida. Essa metodologia reúne quais as técnicas são mais utilizadas a fim de otimizar a manutenção no determinado equipamento.
A RCM é baseada nas probabilidades de erros que um ativo pode desenvolver ao desempenhar suas funções num determinado período de tempo. Estabelecer uma manutenção estratégica pode auxiliar na eficiência do equipamento. Para que isso ocorra, é necessário realizar uma boa gestão de ativos.
As estratégias relacionadas a RCM envolvem a otimização da produção, mantendo as técnicas de manutenção mais viáveis para a empresa. Por isso, foram estabelecidos quatro princípios ou fundamentos críticos para o funcionamento de um Programa de Manutenção Centrado na Confiabilidade, vejamos:
Preservação das funções do sistema;
Identificação das falhas que podem afetar o funcionamento do sistema;
Priorização dos modos de falha;
Seleção das tarefas eficazes que controlem os modos de falha;
A confiabilidade de um ativo é baseada na probabilidade de um equipamento desempenhar uma função necessária naquele determinado período. Para saber na prática como calcular essa probabilidade, é necessário analisar os casos favoráveis e os casos possíveis:
CASOS POSSÍVEIS / CASOS FAVORÁVEIS < ou = 1
Se o resultado for 1, haverá ocorrência de problema e se o valor apresentado for 0, a chance de problema é nula. Esse índice pode ser representado por valores de 0 a 10, ou utilizando valores de porcentagem de 0 a 100%.
Resumimos as etapas para que você entenda como funciona os processos de implementação da RCM na prática.
O primeiro passo da implementação da RCM é selecionar quais equipamentos serão analisados. Dê preferência para os equipamentos críticos para a operação e selecione os gastos realizados com a manutenção escolhida anteriormente.
Se você escolheu um equipamento crítico para análise, agora é necessário conhecer as funções desempenhadas, bem como suas entradas e saídas. Quais são as partes operantes e por onde operam?
Liste todas maneiras pelas quais a função do sistema pode falhar. Inclua a análise de percurso dos equipamentos, bem como todo o seu ciclo produtivo.
Nesta etapa, você certamente precisará da ajuda dos técnicos e operadores do equipamento, afinal, quem opera o equipamento tem mais chances de conhecer sobre os modos de falha e identificar a possível "causa raiz" do problema.
Nesta etapa todos os efeitos das falhas devem ser relacionados. As falhas no equipamento podem afetar não apenas a produtividade, mas também a segurança e outros equipamentos. Existem algumas técnicas recomendadas para identificar e analisar os efeitos das falhas, são elas:
FMEA: Falha, modo e análise dos efeitos
Análise da falha, modo, efeito e criticalidade
HAZOPS: Estudo de Perigo e Operabilidade
FTA: Análise da árvore de falhas
RBI: Inspeção baseada em riscos
Algumas perguntas são cruciais para a análise das falhas: "Esse modo de falha tem implicações de segurança?" ou "Esse modo de falha resulta uma pausa total ou parcial das operações?". Com a resposta obtida, será possível realizar uma análise mais aprofundada. Os modos de falha incluem apenas aqueles que têm probabilidade de ocorrer sob condições reais de operação.
Nesta etapa, você deverá selecionar o tipo de manutenção mais adequado para solucionar o problema de cada modo de falha. Escolha a manutenção ideal, sempre pensando na técnica mais apropriada e viável financeiramente.
Lembre-se dos tipos de manutenção existentes e lembre-se que a manutenção preventiva é a mais viável, se relacionada ao tempo de uso ou selecionada quando é tecnicamente e economicamente viável para reduzir o risco de falha usando esse método.
A metodologia RCM só será útil se suas recomendações forem colocadas em prática. Ou seja, é necessário comprometimento para escolher a manutenção mais viável e implementá-la. Lembrando que será necessário realizar revisões frequentes e inspeções regulares.
Mesmo com a RCM implementada, é necessário realizar acompanhamento, gerenciamento e monitoramento. Por isso, recomendamos o uso de indicadores para medir o desempenho e para saber se está atingindo o nível de satisfação esperada.
Os indicadores mais utilizados dentro da RCM hoje são:
MTBF (MTBF – Mean Time Between Failures (Tempo médio entre falhas);
MTTR – Mean Time To Repair (Tempo médio de reparo);
Confiabilidade Horizontal;
Gráficos/relatórios que apresentam diagnósticos dos equipamentos.
Pode parecer difícil estabelecer tais indicadores e realmente é, se não houver a ajuda de um software de manutenção que seja capaz de desempenhar tal papel. É a automação que será capaz de coletar informações e medir o desempenho, tornando a sua vida muito mais fácil.
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Com a implantação da Manutenção centrada na confiabilidade, como o nome já diz, a empresa ganha com mais confiança por parte de seus clientes. Com a RCM, o objetivo da empresa passa a ser garantir a disponibilidade dos equipamentos, visando garantir uma maior produtividade.
É possível notar com o tempo que a implantação da RCM traz benefícios para todas as áreas da empresa. Se ganha mais confiabilidade, segurança, melhoria na qualidade dos produtos, diminuição dos possíveis danos causados à natureza e mais eficácia na aquisição de bens com o menor custo possível.
Uma empresa que opera com os objetivos definidos na RCM garante uma maior satisfação dos seus clientes, fazendo com que eles sejam mantidos por mais tempo. Com isso, observa-se que além dos setores de manutenção, vários setores são beneficiados com a RCM, inclusive a retenção. Clientes felizes e satisfeitos são a chave para qualquer negócio prosperar.
Quando falamos em monitoramento de ativos e em descobrir suas tendências de falha, precisamos logo relacionar com a manutenção centrada na confiabilidade e em como implantá-la na empresa. Com a implantação e o bom gerenciamento é possível potencializar a segurança dos colaboradores, diminuir custos e melhorar a gestão das operações.
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