A NBR 5462 é uma norma técnica que estabelece os princípios gerais de gestão da manutenção nas empresas.
Ela define os requisitos e procedimentos para planejar, executar e controlar a manutenção de equipamentos e instalações, garantindo a confiabilidade, disponibilidade e segurança das operações.
Continue lendo para saber sua importância e quais são os tipos de manutenção que ela contempla.
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A NBR 5462 apresenta definições de termos do universo da manutenção que estejam relacionados à confiabilidade e a mantenabilidade. Ela funciona como uma espécie de guia de consulta, padronizando o significado de conceitos como “defeito”, “falha” e “pane” e deixando de fora termos menos técnicos, como “quebra”.
Dessa maneira, ela cria referências para diferenciar situações e termos que, sem o devido cuidado, poderiam ser usados como sinônimos, mesmo sendo coisas diferentes.
A norma é importante para a gestão da manutenção nas empresas porque ela estabelece os critérios e as diretrizes para a realização de inspeções técnicas que visam identificar possíveis falhas e riscos de segurança nos equipamentos e sistemas industriais.
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Com a aplicação desta norma, as empresas podem avaliar de forma sistemática e preventiva as condições de segurança e confiabilidade dos seus equipamentos e sistemas, permitindo a adoção de medidas corretivas ou preventivas antes que ocorram falhas ou acidentes.
Além disso, a NBR 5462 é relevante para a gestão da manutenção porque ela contribui para a redução de custos operacionais e para o aumento da vida útil dos equipamentos, ao garantir a realização de manutenções preventivas e corretivas de forma adequada e oportuna.
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A norma também ajuda a padronizar as inspeções técnicas, garantindo a qualidade dos processos e dos resultados obtidos, o que é fundamental para o bom desempenho dos sistemas industriais e para a segurança dos trabalhadores.
A NBR 5462 também conceitua diferentes tipos de manutenção. Ao todo, são 7 tipos de manutenção citados. Aqui, vamos falar das mais comuns:
A manutenção preventiva é aquela que é realizada antes que uma falha ocorra, com o objetivo de evitar a parada do equipamento e reduzir custos.
É uma abordagem baseada em um cronograma de manutenção predeterminado, que busca realizar ações de inspeção, reparo ou substituição de componentes antes que ocorra uma falha.
Essa abordagem é indicada para equipamentos críticos que precisam estar sempre disponíveis e em bom estado de funcionamento, assim como para situações em que a falha do equipamento possa trazer consequências graves.
Seus principais benefícios são a redução do tempo de parada, aumento da vida útil do equipamento e a redução de custos de manutenção.
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Já a manutenção corretiva é realizada após a ocorrência de uma falha, com o objetivo de restaurar o equipamento ou sistema a um estado de operação normal.
A manutenção corretiva é indicada para equipamentos menos críticos, ou seja, situações em que a parada do equipamento não trará grandes prejuízos. Também é indicada quando a falha ocorre de forma esporádica e que a manutenção preventiva não foi suficiente para evitá-la.
A manutenção preditiva é uma abordagem que busca identificar a necessidade de manutenção com base em dados e informações coletados através de monitoramento contínuo ou periódico do equipamento ou sistema.
Os dados analisados podem ser vibração, temperatura, pressão, entre outros e tem como objetivo identificar falhas antes que elas ocorram.
A manutenção preditiva é mais indicada para equipamentos críticos, que não podem parar sem prejudicar a produção e para equipamentos que apresentam um comportamento previsível e para os quais existam dados disponíveis para análise.
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A manutenção detectiva, por sua vez, visa detectar a presença de falhas ocultas ou latentes em equipamentos, ou sistemas industriais, antes que eles causem falhas. É realizada por meio da inspeção visual e sonora do equipamento.
Ela é mais indicada para equipamentos de baixo custo e baixa complexidade, que não permitem testes de rotina.
Por fim, a manutenção produtiva total (TPM) é uma filosofia de gestão da manutenção que busca a melhoria contínua dos equipamentos e processos, envolvendo toda a empresa.
Essa abordagem é indicada para empresas que buscam eliminar as perdas e maximizar a eficiência dos equipamentos, por meio de manutenção autônoma, manutenção planejada, educação e treinamento.
Para escolher o tipo de manutenção mais adequado, é importante considerar vários fatores, como o tipo de equipamento ou sistema industrial, sua complexidade, a sua criticidade para o processo produtivo, as condições operacionais, as características do ambiente de trabalho e os custos envolvidos.
Ou seja, é necessário avaliar o equipamento ou sistema industrial em questão e as suas características específicas. A escolha deve ser baseada em uma análise criteriosa dos riscos, das necessidades e dos recursos disponíveis, para que se possa definir a melhor estratégia de manutenção para cada situação.
Em resumo, a NBR 5462 define os princípios básicos para a gestão da manutenção nas empresas, e os tipos de manutenção que ela contempla são ferramentas importantes para garantir a confiabilidade, disponibilidade e segurança dos equipamentos e instalações. Seguir essas normas técnicas é fundamental para garantir a eficiência e segurança dos processos de manutenção.
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