Você sabe qual a diferença entre manutenção preditiva, preventiva e corretiva? Entender isso faz toda a diferença na hora de evitar falhas, reduzir custos e manter tudo funcionando bem.
Se a sua empresa presta serviços ou depende de equipamentos no dia a dia, ter uma estratégia de manutenção clara não é só importante: é indispensável. Monitorar máquinas e equipamentos com frequência pode evitar interrupções caras e problemas que poderiam ter sido previstos.
Neste artigo, vamos explicar como cada tipo de manutenção funciona e entender qual faz mais sentido para cada situação. Vamos lá?
De forma geral, as manutenções se dividem em:
A seguir, vamos explicar na prática como cada uma dessas manutenções funciona e quando aplicá-las. Assim, você saberá exatamente o que fazer para manter tudo sob controle!
A manutenção preditiva é um tipo de manutenção que usa técnicas como análise de vibração, ultrassom e inspeção visual, entre outras, para estimar o tempo de vida útil dos componentes. Ela também indica as condições necessárias para que as máquinas e equipamentos sejam bem utilizados ao longo desse tempo.
Dessa maneira, a preditiva permite identificar potenciais falhas antes que aconteçam. Ela pode ser comparada a uma inspeção para acompanhar as condições dos equipamentos.
Os objetivos da manutenção preditiva são:
Em resumo, a manutenção preditiva tem uma missão clara: reduzir custos com reparos e aumentar a produtividade da equipe, garantindo que tudo funcione de forma mais eficiente.
A manutenção preventiva é definida pela NBR 5462 como aquela realizada em intervalos definidos ou com base em critérios específicos para reduzir o risco de falhas ou queda no desempenho de um equipamento.
Ela tem como objetivo principal a prevenção de uma falha ou quebra no equipamento, além de diminuir a velocidade de desgaste das máquinas e aparelhos.
Logo, é uma intervenção prevista, preparada e programada antes do surgimento de uma falha. Isso significa que os serviços de manutenção preventiva devem ser planejados e programados, ou seja, todas as etapas do serviço a ser executado devem estar bem definidas.
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Ela pode ser subdividida em 2 tipos de manutenção preventiva:Realizada em intervalos de tempo definidos conforme recomendações técnicas ou histórico de uso do equipamento. Por exemplo, a troca de filtros de ar em sistemas de climatização a cada três meses.
Feita com base no estado real do equipamento, identificado por inspeções visuais ou medições específicas, como a verificação do nível de desgaste de uma peça.
Como o próprio nome diz, a manutenção corretiva serve para corrigir uma falha. Ela acontece quando o equipamento já está com alguma peça irregular, apresentando mau funcionamento e precisando ser substituída.
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Essa manutenção pode ser necessária em duas situações: quando o equipamento para, ou está na iminência de parar, em decorrência de uma falha súbita, ou quando é detectada alguma falha que possa levar a algum problema maior futuramente.
Logo, podemos dividir a manutenção corretiva em dois subtipos: a corretiva planejada e a corretiva não planejada.
A manutenção corretiva planejada é realizada quando uma falha ou desgaste já foi identificado, mas sua correção pode ser programada para um momento estratégico.
Diferente das emergenciais, ela permite organizar os reparos de forma a minimizar impactos nas operações. Por exemplo, substituir uma peça que está apresentando sinais de desgaste durante uma parada programada evita surpresas e reduz custos adicionais.
Esse tipo de manutenção é uma ótima opção para lidar com problemas que, embora precisem ser resolvidos, ainda não comprometem o funcionamento imediato do equipamento.
A manutenção corretiva não planejada acontece quando um problema ou falha é identificado de forma inesperada, exigindo uma solução imediata.
Esse tipo de manutenção costuma gerar custos mais altos do que a corretiva planejada, já que pode envolver paradas emergenciais e urgência na reposição de peças.
Apesar disso, ela tem seu valor: resolver o problema rapidamente ajuda a minimizar o impacto nas operações, evitando atrasos maiores ou danos mais graves. Mesmo em situações emergenciais, a manutenção corretiva pode ser uma forma eficiente de evitar retrabalho e restaurar a produção o mais rápido possível.
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Agora que você já conhece os principais tipos de manutenção, é hora de entender o que diferencia cada um deles. Isso é fundamental para tomar decisões estratégicas e escolher a abordagem mais adequada para cada situação.
Para facilitar, fizemos uma tabela comparando os principais tipos de manutenção apresentados aqui, segundo três critérios: objetivo, quando fazer e impacto nas operações e custos. Confira a seguir e, se quiser mais informações, continue lendo após a tabela para ver os detalhes:
Tipo de manutenção |
Objetivo |
Quando fazer |
Impacto |
Preventiva |
Evitar uma quebra no equipamento ou interrupção de atividades |
Em intervalos pré-determinados segundo o equipamento e o uso |
Médio |
Preditiva |
Reduzir custos de manutenção e aumentar produtividade da equipe |
Continuamente, por meio de sensores e outros equipamentos de mensuração |
Alto, devido ao custo dos equipamentos |
Corretiva Planejada |
Corrigir falha já detectada antes da interrupção das atividades |
De maneira programada a partir da identificação da falha |
Médio |
Corretiva não planejada |
Corrigir falha após a interrupção das atividades |
Intervenção imediata |
Alto, devido à perda de produtividade |
Sabemos que a manutenção corretiva é realizada normalmente após a ocorrência de uma falha ou incapacidade produtiva de um equipamento ou instalação.
Uma porcentagem significativa desses danos pode ser evitado se o gestor de manutenção considerar a manutenção preventiva desses equipamentos.
A manutenção corretiva tem maior impacto financeiro do que a manutenção preventiva. Afinal, pode implicar a suspensão prolongada da atividade das máquinas e equipamentos e até mesmo levar à indisponibilidade de uma linha de produção ou outro serviço.
Assim, a principal vantagem de ter um plano de manutenção preventiva é evitar essas situações, substituindo os componentes usados no prazo certo, preservando e restaurando todas as peças necessárias.
Para isso, o gestor deve organizar em uma planilha, ou em ferramentas como softwares especializados, as principais métricas e informações que ele precisa acompanhar para realmente conseguir executar um ótimo planejamento.
Um plano de manutenção preventiva é ideal quando o gestor de manutenção consegue evitar qualquer defeito nos seus equipamentos, ou consegue prever e programar para que essa falha tenha o menor impacto possível no cliente.
A manutenção preventiva, como já falamos, é programada e ocorre em um tempo pré-determinado, permite a identificação precoce de problemas, reduz as necessidades de despesas e permite um melhor planejamento dos orçamentos.
Já na manutenção preditiva, os programas são baseados no estado real do equipamento e na determinação de quando a manutenção deve ser realizada para minimizar os custos.
A diferença é que a preditiva faz uso de técnicas e equipamentos como ultrassom e câmeras termográficas, que monitoram os ativos da empresa constantemente para identificar falhas que estejam prestes a acontecer.
O problema de contar apenas com a manutenção corretiva é que, com o equipamento ou veículo estragado, a empresa deixará de ter lucros durante o tempo em que ele permanecer inativo para reparos.
A manutenção preditiva vem para justamente prevenir isso. Ela vai indicar aos técnicos falhas que estejam na iminência de acontecer antes que seja preciso parar as máquinas. Assim, evita a necessidade de uma correção emergencial.
Leia mais: Como criar um plano de manutenção com tecnologia em 8 passos
Entender os diferentes tipos de manutenção é o primeiro passo para uma gestão de manutenção mais eficiente e estratégica. Saber quando e como aplicar cada abordagem ajuda a evitar falhas, reduzir custos e garantir que sua operação funcione sem interrupções.
Mas o trabalho não para por aí. Para alcançar resultados ainda melhores, é essencial ter um Plano e Controle de Manutenção (PCM) bem estruturado.
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